segunda-feira, 9 de maio de 2011

INFÃNCIA FELIZ...

Minha infância, desta vez com meu cachorrinho de estimação Fifi, eu sempre tirava fotos com êle.  O cachorro fez questão de olhar para a câmera fotográfica, todo satisfeito...

Este é o meu Primo irmão...  Walter, meus pais o adotarem antes de eu nascer, porque minha tia mãe dele, esposa de um tio meu, irmão da minha mãe, judiava demais dêle, na Fazenda onde moravam, no interior.  O deixava na rede, sem trocá.lo e ainda colocava mamadeira quente na sua boca, queimava a língua dêle também. Percebe.se que sofreu muito, e meu tio pediu aos meus pais para criá.lo, porque senão iria morrer logo.  Quando nascí, já morava conosco.  Era muito nervoso, mas devido a doença cardíaca que foi descoberta aos 16 anos, quando eu tinha 13 anos. Os médicos disseram que pelo caso dele, viveu muito, e ao ser operado no Hospital Distrital de Brasília, tinha cinco lesões no coração, saiu.se bem da cirurgia que durou 7 horas.  Ficou internado 1 mês no Hospital, eu fiquei triste porque pela minha idade não podia entrar e êle queria me ver, perguntou por mim...  Meus pais foram e eu fiquei... Quando soubemos que iria chegar na segunda.feira, ficamos felizes e no sábado, teve um colapso cardíaco e veio a desencarnar, foi embora sem se despedir de mim... foi um choque, até hoje tento esquecer, faço várias coisas para esquecer, mas não consigo, porque gostava muito dêle.  Êle me acompanhava em festas, até dançávamos, tinha respeito por mim,  me levava aos domingos a aula de Moral Cristã no Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes, era muito querido de todos, a professora da aula de Moral se apaixonou por êle, era educado, e quando meninos tentavam jogar pedra em mim na rua, por onde eu passava, ás vêzes, êle ía me levar a escola. Muitas pessoas pensavam que eu é que era filha adotiva, porque êle era bem moreno e eu branquinha, loirinha.  Eu sempre digo que tive uma infância feliz, êle fez parte desta infância.  Próximo do seu falecimento, nós dois tiramos fotos tristes, parece que havia alguma coisa no ar, nos avisando... e minha mãe perguntou.lhe porque ficou triste na foto: êle respondeu, não sei, tive um pressentimento ruím.  Eu não sabia que era meu primo, vim  a saber nesta época dos seus 16 anos, porque meus pais resolveram contar a êle e nós dois ficamos apreensivos... tudo mudou na nossa cabeça, antes éramos irmãos passamos a sermos primos... minha mãe e meu pai falaram para êle escolher:  se queria ficar com os verdadeiros pais ou conosco, êle quis ir passar uns dias com os pais, não aguentou a saudade, voltou bem antes das duas semanas, dizendo que lá era ruím, bom era ficar conosco, fiquei mais alegre com sua volta. Mas Deus quís levá.lo para bem longe de mim, até hoje pergunto a Deus por que? não para criticá.LO, mas para entender... porque Deus nos explica tudo, basta ouvirmos... eu sempre gostei muito de flores, cantava muito em frente a algumas margaridas, mas no dia do Velório, encheram demais de rosas no seu caixão, aí perdí um pouco do interesse por rosas...  Me fazem lembrar dêle desencarnado...  mas não recuso rosas não, mesmo assim gosto porque a Vida é para irmos em frente superando até nossos sentimentos...

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